15 JULHO 2024
PASTORAL FAMILIAR
TEXTO: DIÁCONO LOURIVAL GOLL - ASSESSOR DIOCESANO DA PASTORAL FAMILIAR
FOTOS: DIÁCONO LOURIVAL GOLL E LEONARDO - CNPF
ASSESSORES DO REGIONAL SUL II (PARANÁ) PRESENTES NO ENCONTRO
FOTO: LUIZ LOPES JR. - CNBB
No período de 02 a 05 de julho, nove bispos, padres, diáconos e religiosas, estiveram reunidos na Casa Dom Luciano Mendes de Almeida, em Brasília, no Encontro Nacional de Bispos Referenciais e de Assessores Eclesiásticos, para aprofundar o tema “Os desafios da evangelização hoje, na perspectiva familiar”.
Na abertura, Dom Bruno Elizeu Versari, Presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família, da CNBB, motivou a todos, dizendo que a Pastoral Familiar, no seu dinamismo, deve ser inserida no “chão da comunidade”, para ajudar a discernir novos caminhos, através de pequenos grupos, com a contribuição de família, para família.
No dia seguinte, através de uma live, o Pe. Fábio Antunes do CELAM, falou sobre o Pacto Global pela Família, uma iniciativa do Papa Francisco. Programa de ações, de acordo com a Doutrina Social da Igreja, envolvendo as Universidades e Instituições Católicas, numa rede, para promover a cultura da família e da vida em sociedade, para que surjam propostas e objetivos uteis para as políticas públicas, pois não podemos ser bons cristãos, se não formos bons cidadãos.
Em seguida, a palestrante Fabiana Azambuja, diretora nacional do programa Teen Star no Brasil, tratou sobre a educação afetivo-sexual, na perspectiva da adolescência e da juventude. Tratou da importância de educar a pessoa a partir da sua sexualidade, que é a força frágil do amor e para amar. Ensinou, que quando trabalhamos com crianças, adolescentes e jovens, temos o compromisso de educar para criarmos uma cultura do amor. Lembrando sempre, que não estamos diante de um problema, e sim, diante de uma pessoa, num momento especial de sua vida.
Dando sequência, Dom Leomar Antônio Brustolin, Arcebispo de Santa Maria - RS e Presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, tratou do tema central do Encontro, falando sobre a vivência da fé, num mundo que se transforma. Diante das mudanças socioculturais, onde o urbano e o rural se modernizaram com a informação digital, e, que influenciam a transmissão da fé. É preciso buscar um novo modo de evangelização, de ser, de agir e comunicar a fé, evitando a postura de rejeição das mudanças, como se ela fosse um sinal de decadência da humanidade.
Dom Leomar, enfatizou, que o desafio da Igreja, no atual contexto, é passar de uma religião de herança social, para uma religião de opção pessoal, superando a nostalgia de um passado que não volta. Assim, a Igreja precisa passar de uma Igreja de massa a uma Igreja diferenciada e articulada em pequenas comunidades de discípulos missionários. Para isso, precisamos de uma “ousadia pastoral”, um trabalho personalizado, senão a pastoral acaba. Passar de uma “pastoral de rebanho, para uma pastoral de ovelhas”. E questionou: Estamos formando adeptos, ou, discípulos missionários?
Ao falar sobre a Igreja sinodal, disse, que o eixo das Diretrizes, é a Comunidade, centrada na Palavra de Deus e na leitura Orante. Lembrou, que nós somos os atores da evangelização, Jesus é o autor. E, que a vida não acontece na paróquia, mas lá fora, na escola, no hospital, no presídio. Para isso, precisamos “alargar a tenda”. Visitar as pessoas e acolher a todos. Precisamos falar da vocação matrimonial, para formarmos uma nova geração. Fortalecer os casais em crise. Acompanhar os casais em nova união. Acolher os jovens e integrar nas pastorais, com um trabalho personalizado.
No final, ao abrir a palavra aos participantes, foi partilhado algumas preocupações. Dom Leomar sugeriu, escutar as diversas situações, mas, sem fazer qualquer concessão sobre as verdades da fé. Tomar cuidado com as respostas prontas. A Igreja não tem resposta pronta, têm sugestão.