21 NOVEMBRO 2024
PASTORAL FAMILIAR | DIOCESE DE SÃO JOSÉ DOS PINHAIS/PR | CNBB REGIONAL SUL 2
TEXTO: DIÁC. LOUVIRAL GOLL
FOTOS: PASTORAL FAMILIAR REGIONAL SUL 2
No período de 15 a 17 de novembro de 2024, aconteceu na Diocese de Apucarana-PR, o VII Congresso Regional da Pastoral Familiar-Sul 2, organizado pela Comissão da Pastoral Familiar do Regional Sul 2. Com o tema: “Família e o cuidado pastoral” e o lema “Cuidai de vós mesmo e daqueles que vos foram confiados” (At 20,28).
O evento contou com a presença do Bispo de Apucarana e referencial para a Pastoral Familiar no Regional Sul 2, Dom Carlos José de Oliveira; do Bispo de Ponta Grossa e Presidente da Comissão Episcopal Vida e Família da CNBB, Dom Bruno Elizeu Versári; do Bispo de União da Vitória, Dom Walter Jorge Pinto; e, com a visita do Bispo de Cornélio Procópio, Dom Marcos José dos Santos. Contou com a presença de vários padres, diáconos permanentes, seminaristas e mais de 250 agentes da Pastoral familiar. Participaram 8 congressistas da Diocese de São José dos Pinhais.
Na Missa de abertura, Dom Carlos acolheu a todos com muita alegria, na Diocese de Lourdes, que em 2025 celebra seu Jubileu de 60 anos de criação. Na abertura oficial, ressaltou aos congressistas, a importância de transformar o congresso em um marco para a Pastoral Familiar, em suas dioceses, paróquias e na sociedade. Também, Dom Walter lembrou que a Pastoral Familiar tem que cuidar uns dos outros e não deixar ninguém para trás.
No dia seguinte, o Pe. Divo de Conto, da Arquidiocese de Cascavel, abordou o tema “Cuidar de si mesmo e do outro”. Enfatizou que o amor é o dom de saber cuidar de si e do outro. Que a vida é feita de pequenas atitudes de amor, e o “cuidar” é o mais importante, como Jesus o Bom Pastor. O amor é a preocupação ativa com a vida, se não há preocupação, não há amor. O amor implica responsabilidade, livre e voluntária, gerando comprometimento com o outro. O amor implica respeito, ajudando o outro a crescer, respeitando as diferenças. Amando o outro como ele é, e, não apenas na medida que me serve. O amor implica conhecimento, de si mesmo e do outro. Citou, “o homem deixa o amor de seu pai e de sua mãe, e, se une a um amor maior, sua mulher”.
O casal Alisson e Solange Schila, coordenadores da Comissão Nacional da Pastoral Familiar, abordaram o tema “Cuidar da família hoje, em diversas situações”. Diante dos desafios contemporâneos, como o individualismo, a hiper conexão, destacaram que como família, não podemos nos fechar em si mesmos, tomando consciência de que as tecnologias fazem parte de nossas vidas, e utilizar a favor da evangelização, mas evitar tomar parte dessa sociedade “cabisbaixa”, permanentemente conectada e com o olhar fixo na tela do celular. Lembrar sempre, que o que unifica o real e o digital é a pessoa. Cuidar da família não é tarefa fácil. Vivemos numa sociedade do cansaço, devido as pressões que as famílias sofrem. Por isso, em nossas atividades pastorais, devemos criar espaços de descanso, oração e lazer. Manter a comunidade como um espaço de misericórdia acolhendo as famílias nas diversas realidades. Trabalhar com os casais de noivos de forma personalizada, cuidando como ovelhas e não como rebanho.
Dom Carlos José, abordou o tema “Cuidar da esperança”. Pediu um olhar para o Ano Santo – Jubileu da Esperança. Esperar com expectativa de algo melhor, ancorados na esperança, que juntamente com a fé e a caridade, formam as virtudes teologais, que exprimem a essência da vida cristã. Lembrou, que assim como a âncora dá segurança ao navio, a esperança é a “âncora da alma”, que deve ser alimentada pela leitura orante da Palavra de Deus, pela oração e pela vida sacramental. Conclamou a Pastoral Familiar a ser um sinal de luz para as famílias, e, concluiu com as palavras do Papa Francisco: “Não deixeis que vos roubem a esperança”.
Dom Bruno, falou da importância dos “itinerários vivencial personalizado”, para levar os casais de noivos a fazerem uma profunda experiência do amor. Pois na linguagem do amor, as palavras não bastam. A linguagem do amor é mais forte. Então, precisamos derramar amor, mais do que despejar palavras, para que o casal se sinta amado. Quanto mais amamos, mais humanos nos tornamos. Os itinerários, demandam tempo, não podem ser feitos em poucos meses. Apresentou também, o itinerário para namorados. Ainda, apresentou o projeto de itinerário, para casais em nova união, organizado em quatro ciclos, com oito encontros em cada ciclo, no método acolher, acompanhar, discernir e integrar.
Houve uma visita ao parque da Redenção, com um momento de espiritualidade, conduzida por Dom Carlos José, na Gruta de Nossa Senhora de Lourdes. O Congresso foi uma oportunidade de vivência, troca de experiências, formação, entusiasmo, alegria e espiritualidade.