27 jan 2017 - Há 72 anos, exatamente em 27 de janeiro de 1945, as tropas do Exército Vermelho entraram no campo de concentração e extermínio de Auschwitz no sul da Polônia, libertando os poucos prisioneiros sobreviventes ao nazismo e mostrando ao mundo o horror mais atroz da humanidade.
É por isso que, desde o ano 2000, na Itália com exposições, filmes, cerimônias e histórias se quer recordar o Dia da Memória, com a esperança de que o que aconteceu não se repita mais.
“Vocês que vivem em segurança em suas casas, vocês que encontram, voltando a casa à noite, comida quente e rostos amigáveis, considerem se este é um homem ... “ Palavras de Primo Levi um italiano sobrevivente dos campos de concentração.
Havia muito pouco que fizesse pensar a seres humanos, para além dos portões de Auschwitz. Esqueletos marcados por números, mulheres, crianças, homens quase completamente nus, com fome, petrificados pelo medo. No final dos anos 30 e 45, na Europa foram deportados e mortos cerca de 6 milhões de judeus e com eles também ciganos, deficientes, homossexuais, opositores políticos, testemunhas de Jeová: todas as categorias indesejadas. Um projeto de eliminação em massa criado pela confluência de vários fatores, explica Claudio Procaccia, diretor do Departamento de Cultura Judaica de Roma:
“Digamos, o anti-judaísmo histórico, as novas teorias racistas, mas também fenômenos de carácter social e cultural mais amplos, antropológico, ou seja, o aparecimento das massas na cena política internacional, então o medo do outro no plano psicológico, teoria científicas erradas, a crise económica e a ideia - portanto - do judeu que é visto como aquele que é contra, por definição, porque não reconhece a autoridade”. (SP)
Rádio Vaticano